sexta-feira, 30 de junho de 2017

Turismo tradicional e + umas coisinhas

Os espanhois com que falo estão completamente loucos com o tempo.
A minima em Olvega, terra de onde parti hoje, foi de 6.

Saí entre as 8:45 e as 9 estava frio, tinha posto o forro no blusão, trocado as luvas por umas de inverno que levava, mas achei q não era necessário por o forro nas calças, enfim tive um pouco de frio no cu mas aguentou-se.

A 10m de viagem começou a chover intermitentemente, nada q o equipamento não aguentasse e aguentou... o vento embora marcasse a s/presença era fraco e n/causou problemas de maior (aliás depois do que passei antes de ontem é tudo bife...)

A meteorologia dizia q haveria uma pioria das condições pelas 10h a qual seria passageira e então um bocadinho antes parei numa area de serviço esperei cerca de 30m mas não se passou nada e continuei

A chuva parou mas o sol não aparecia e ao meio dia perguntei a um camionista acabado de parar num tasco onde eu estava a tomar café, beber agua fumar etc. qual a temperatura do ar marcada no camião dele, disse-me enfaticamente:
-10 grados e mira en Valladolid en 2 dias se bacharan 30 grados de 41 a 11.

Parei 2 vezes para aquecer as mãos (as luvas são Furygan C/3 layers - chuva vento e térmico - ouviu sr Masson?).

A corrente da moto começou a cantar um pouco, talvez até já estivesse a cantar antes mas eu ainda não tinha ouvido, verificada a folga confirma-se q sim - o batente do descanso central já não deve ter borracha nenhuma e a ponta esquerda dele bate na corrente basta a folga aumentar um bocadinho.

Ok  porreiro já tenho desculpa p/andar menos e comer + pinchos, mas se calhar, exagerei.

Parei á uma mal abriu o 1º raio de sol e estávamos em San Esteban de Gormaz pequena terra (hoje)com raízes  medievais  na margem norte do douro, mesmo no topo de uma linda ponte de pedra talvez sec xiii contruída sobre ruinas doutrs + antigas.

Digo acima q exagerei porque ás 3horas já tinha feito check-in num hostal, descarregado a moto esticado e lubrificado a corrente  e comido.

Não fora uma voltinha pela terra e já tinha morrido de tédio.
 

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Hoy estoy de pinchos

Pois é...

São aqui 10 da manhã e ja mamei um pinchinho de tortilha e muitos outros vou comer ao longo do dia.

Não sei o que a infinita divina imaginação vai inventar + para me lixar.

Quando postei ontem era tarde e tinha sono pelo que passei por cima do diário.

Saí nada cedo, a choviscar intermitentemente, com equipamento completo (já fiz as pazes c/as botas embora ainda tenha uns arrufos com elas) calças e tudo e no entanto tudo corria bem, gradualmente a chuva foi diminuindo e por Pamplona já o sol se mostrava por entre as nuvens. A temperatura estava optima p/o equipamento q levava. Atravessei Pamplona sem qualquer dificuldade, em direcção a Zaragoça, para depois, nos arredores de Castejon, virar para Soria (o que corresponde ao sentido inverso do road book q inicialmente tinha elaborado.

Mal entrei na estrada desejada, parei p/comer qualquer coisa eram cerca das 2h. Da esplanada do restaurante tinha á minha esquerda (lado de Saragoça) trovoada céu negro e relâmpagos, á direita ceu azul com nuvens dispersas tipo flocos de algodão. Começava a fazer algum calor mas aguentava-se.

Estava 96km de Sória e bom...é melhor irmos andando não vá tempestade vir atrás de nós e andar + depressa.

Devo ter feito uns 30kms e levantou-se um vento impossível fui baixando a velocidade atá á próxima povoação q tinha apenas bomba de gasolina restaurante. Hostel só daqui a 17 Km. Eram +/- 3 da tarde e esperei 3 horas que o vento amainasse, sem grande esperança porque normalmente piora p/o fim da tarde. Fartei-me e decidi arrancar não vos conto porque não sei descrever...

Apenas este episodio: O acesso á terra onde dormi fazia-se por uma rotunda situada por baixo da A15. Estava num buraco rodeado de barrancos e a saída para Agreda fazia como que uma portela.
Vinha 30 para bem identificar a saída e quando saí levei tamanha chapada de vento que logo parei o vento estava tão forte que me queria levar a moto mesmo já no descanso enquanto fumava aquele cigarro da nervoseira e a segurava como podia. Não foi fácil  segura-la e mt menos acender o cigarro.

Acordei hoje mt cedo, olhei pela janela e vi logo 5 abentoinhas (leia-se eólicas) a dar a dar a todo vapor num alto de um monte ali perto... olha que rico dia... nem sei se reserve novamente o mesmo quarto.

Mesmo assim fiz-me á estrada p/experimentar e sabendo de antemão que havia uma terra maior a apenas 8km e aqui estou eu já nos pinchos. 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

One more day at the office

Pois aqui estou eu, numa terra chamada Agreda, já na rota inversa á q tinha inicialmente projectado.
Não contabilizei os km q fiz hoje nem quero saber disso... estou vivo e de saúde a moto porta-se lindamente.

O que fizemos p'ráqui chegar, é outra cantiga  (e n é a do José Mario Branco).
Amanhã é outro dia e ainda há um bocado um velho agarrado a um copo de vinho, num bar (em frente ao Ayuntamento) me dizia  - Estamos em Soria (provincia- não cidade) nunca se sabe q tempo faz amanhã, só quando acordo e olho p aquelas bandeiras (na fachada do Ayuntamento) é q sei como vai ser o dia.

Assim estou eu (q aliás tb sou velho e tb estava agarrado a 1 copo de vinho).


terça-feira, 27 de junho de 2017

Resiliência


Estou num albergue a 6km de Roncesvalles e o mau tempo continua.
Ontem desanimei por completo com a chuva q  não me deixou gerir a bagagem, lavar a roupa nem relaxar. nem sequer tomei banho porque na janela de oportunidade q tive estava a publicar neste blog.

De manhã quando sai (por volta das 8) fui a uma padaria/bar p/pequeno almoço e demorei p/ decidir que fazer e quando arranquei, senti um puxão na bagagem e um estalo. Tinha-me esquecido de enrolar as pontas das fitas que prendem o saco da bagagem e 1 delas prendeu-se na roda esticou o respectivo mordente e rebentou. è claro que a fixação do mordente ao saco cedeu e embora ainda esteja no sitio não sei q resistência ainda terá.

Por muita que seja a resiliência há factos q se  lhe sobrepõem.

Vou virar para traz, não por onde, nem por q tempo e em principio um sapateiro á antiga resolve a coisa se for necessário.

Ontem tb deixei acabar a bateria do telemóvel q já está carregada.

Manter-vos-ei informados daquilo q decidir

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Nem 8 nem 80


Hoje foi um dia agradável...

Saí cedo, tinha deixado a mota numa garagem privada, pelo que só tinha que montar o saco de deposito.

A chuva a ameaçar mas já se viam abertas no horizonte e antes de Logroño saí da autovia e parei uns 20m para que a estrada secasse já que estava a levar com spray no  adensamento do trafego na aproximação á cidade. Atravessa-la foi facil sempre na mesma via (A12 autovia do caminho de santiago).
A mota esta a gastar muito menos do q eu esperava (tb não ando depressa). Abasteci mesmo a entrar em Pamplona o conta km marcava 315km (dos quais 175 eram desde o abastecimento e dia anteriores) e levou 12,5 litros.

Os ventos laterais continuam a deixar-me pouco confortável e foram subindo de tom á medida que o sol se foi desinibindo logo a partir da travessia de logrono. A 30 km de Pamplona fartei-me e saí para a estrada antiga que corre +/- ao lado.

Atravessar Pamplona e saír na saída pretendida é + complicado, mas como isso fazia parte do meu road book inicial correu sem problemas (tinha já estudado 1 pequena alteração pois cheguei por uma estrada  diferente).

Passado Pamplona, entro na minha praia - quero lá saber se demoro + ou não - estrada de montanha bonita larga bem sinalizada e com relativamente pouco transito, isto até uma localidade chamada Zubiri onde parei á uma p/almoçar - um prato de feijão cosido temperado com vários tipos de pimentos (piquilho sobretudo) + um estufado de cierdo (uma espécie de cozido/caldo c/batata bocados de carna de porco estufada e uma variedade de pimentos a dar gosto). Saí de lá ja passava das 14.30 e tive que dar uma volta(a pé) á povoação para me passar a lazeira (bebi agua).

A partir daí a estrada estreita, sobe, desce, volta a subir e a descer, tem curvas p/todos os gostos, algumas dei-as a não + de 30h mas em pose de Valentino Rossi (joelho de fora e corpo a desviar centro de gravidade) senão não conseguia (algumas destas com desníveis de 2m e mais entre entrada
e saída. Fiz logo a digestão...

 Cheguei a Roncesvalles e a terra não tem piada nenhuma o tempo aí começou a fechar novamente e fui acampar (a 4km de distancia) quando comecei a descarregar começou a chover não muito mas qb durante uma meia hora, parou, lentamente o céu  foi abrindo e neste momento está um sol porreirinho.

domingo, 25 de junho de 2017

Raios e coriscos

Pois é pessoal mais um dia c/apenas 220Km.

Hoje não me cansei e já sei porque me cansei tanto anteriormente - o sol implacável da meseta Iberica.

Hoje estavam nuvens altas e a temperatura era boa, nem frio nem calor a mais,  no entanto, pairava no ar a ameaça de chuva. Depois de Valladolid (a uns 60Km de Burgos) numa area de serviço enorme onde só se houve falar português, fui aconselhado pêlos camionistas portugueses (que enchiam o sitio enquanto gozavam o domingo de folga a meio da viagem) para ir pela estrada (n120 Burgos-Logroño) seguindo depois Pamplona. Assim fiz e de facto vale a pena (a auto-estrada Burgos-Pamplona tem portagens) e acabei por andar praticamente ao mesmo ritmo que na autovia até Burgos (principalmente por estar muito vento na autovia, sendo a estrada muito mais abrigada deste, já que serpenteia entre colinas em vez de passar por cima delas.

Perdi algum tempos porque inadvertidamente entrei no centro de Burgos que ainda por cima esta em festa e varias artérias cortadas.

Depois das 2h começou a cair um pingo aqui e acolá e eu fui aguentando porque foram só ameaços.
Quando cheguei a aprox 25 km de logroño já numa autovia (que me levaria para lá de logroño em direcção a Pamplona) vejo no horizonte q estava escuro como o breu, varias descargas de raios que até pensei que alguém me estava a fotografar com flash.
Com medo da chuveirada que normalmente se segue procurei abrigo numa area de serviço que está no acesso Santo Domingo da Calçada, e abrigado esperei pelo diluvio... que apesar da trovoada se ir aproximando nunca passou dumas pingoletas agora outras mais daqui a 1 cigarro...

A aldeia faz parte do caminho de Santiago, que é garantia de sitio p/dormir/comer com igrejas românicas e centro histórico cuidado... e então fiquei.

A borrasca só começou la para as 7:30 e mesmo assim pouca, mas lá para as 8:30 caiu á grande e com vento forte a virar as esplanadas. durou até +/- ás 10h.

É claro que se me tivesse dirigido a ela tinha levado c/ela em cima.
Em 2015 em Italia aconteceu o mesmo so que dessa vez a tempestade demorou 20m e ate saraivada deu.

Pêlo ritmo teria chegado a Pamplona ou até talvez + não tenho duvida que o calor excessivo é 1 factor de fatiga considerável.

Isto tb não é nenhuma empreitada q pague multas por atrasos...

sábado, 24 de junho de 2017

Estou de férias


Pois é hoje fiquei no camping.

Dormi q nem um santo mas esqueci-me q aqui é 1 hora mais tarde, quando dei por ela já eram 9:45 e nem sequer tinha começado a arrumar a tralha, que aliás necessitava de organização diferente.
Decidi ficar e esta tarde já consegui organizar a bagagem por forma a não necessitar de desmontar tudo em cada paragem e possivelmente nem precisarei de tirar o saco grande nunca.

Isto é normal nestas viagens e tb aconteceu q fui á Grécia.

Lavei roupa de manhã e já está seca, a piscina do camping tem uma nadadora salvadora que só dá vontade  de me atirar  á agua e esquecer-me q sei nadar.

Vou dar uma 2ª chance ás botas, pois afinal de contas na 5ª feira quem esteve mal fui eu e não vale a pena por as culpas ao calçado. Vamos ver se me adapto, mas estiveram quase a ser trocadas numa loja de trocas em Valladolid  indicada por uns rapazolas de aspecto hipster q exploram um bar aqui no camping e a quem contei a cena.

Não se inibam de comentários, pois a v/participação ajuda a ajuizar as situações.

Amanhã espero chegar a Pamplona e entrar na rota anteriormente traçada e ainda que não faça 500/km dia tudo se torna mais simples.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O dia de hoje


Fiz 299km, o mesmo que fazia com a chinesinha e estou igualmente cansado. Não percebo bem porquê. Será q 2 anos a mais pesam assim tanto? Será q o ladrão q volta a atacar é sempre pior q antes? Será q não há amor como o 1º?

O q também não sei, é o que fazer com este par de botas.

Espero que a garrafa contribua para a resolução do problema...

Estou acampado em Tordesilhas e ja fiz uma felga tão grande do acampamento que não sei se arrumo isto tudo a tempo (a tempo n sei de que).

Agora vou cozinhar um esparguete carbonara da Knorr q vou artilhar com presunto q aqui comprei e temperar com azeite e orégãos comprados aí.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Considerações/outros

Receita para o cansaço....

Beber uns copos á noite
Dormir mal
Não hidratar
Não comer

Adiante...

Quando fiz a viagem á Grécia, por ser a 1ª vez, experimentei tudo antecipadamente e isso deu bons resultados.

Desta vez, por preguiça, excesso de confiança ou  por estar amodorrado num tipo de vida demasiado inactiva, não o fiz.
Na Suzuki o trajecto mais longo q fiz foi ir ao Decathlon, não experimentei botas nem  sacos de bagagem nem uma jornada de longo curso.
Já estou, neste 1º dia a pagar por essa negligência e o melhor exemplo são as botas, todas xpto, parecem as do Agostini, mas a meio do dia tive q as descalçar. Não por serem demasiado quentes (q o são um pouco) mas porque perco a sensibilidade com elas (são demasiado rígidas) prendem-me o pé nas passagens para cima e escorregam nas para baixo.
Como nota positiva, o pára-brisas é muito eficaz. Não fechei o capacete o dia inteiro (q emfim... foi curto) mesmo a 100Km/h e não levava nem sequer óculos escuros.
Quanto á bagagem, embora o aspecto seja de sobrecarrego, não me incomodou nem em termos de peso nem de aerodinâmica. Penso ou pêlo menos parece que vai bem segura, no entanto devo dizer que sobrestimei a sua capacidade (falta de experimentação).



Life is good (at least sometimes)

Cansado, comecei a pensar em parar em Gouveia (questão de arroz de carqueja) mas quando cheguei á rotunda de acesso a Seia virei logo e 60m a frente aparece logo a 1ª residencial.
Não havia recepção aberta e ninguém atendeu a campainha da porta pelo que liguei para o nº exposto.

--Estou aqui á porta
--Ok já aí vou ter.
Tem vagas?
Sim.
Quanto?
15 euros.
C/banho?
Sim têm todos quarto de banho.
Ok fico
Olhe, então pegue na mota e e leve para o patio nas traseiras que fica lá melhor.
Optimo assim nem é  necessário desmontar a tralha, basta o saco de deposito.

Estava ainda a desmontar da mota já o Sr tinha ido á s/garagem pessoal e vinha com uma capa de chuva na mão dizendo

Ponha-lhe isto, eu acho que não chove mas sempre fica melhor e se a quiser levar consigo leve que era do meu filho e ele já não precisa dela.











Devagar se vai ao longe


Ok...
O titulo podia ser, entrada de leão, saída de sendeiro...

Para quem desenhou etapas de 500km...
Nem 100 eu fiz hoje.
Dormi mal (pouco) e saí pouco depois das 13H, são 16:37 e já estou na pensão serra nevada á entrada de Seia c/duche tomado.

Necessito descansar decentemente para poder entrar num ritmo mais capaz.

Logo á noite depois de jantar postarei mais algumas impressões e os comentários, conselhos e criticas serão bem vindos.

Até Logo